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Impactos da amônia (NH³) no resultado da criação de suínos em maternidade e creche e na melhor condição de limpeza das instalações na suinocultura

O ambiente, a qualidade do ar, o conforto dos animais e a qualidade da higienização têm papéis muito importantes na geração de resultados na produção de suínos, exercendo diferentes efeitos conforme a fase de produção. A limpeza e a higienização influenciam nos agentes infecciosos entéricos em todas as fases de criação. Às vezes, de difícil diagnóstico, o impacto de infecções entéricas é grave nas fases iniciais. Se os fatores que compõe o ambiente apresentam alguma deficiência, acabam agindo como vetores para o aumento dos níveis de contaminação por Clostridium spp., Salmonella spp., E. coli, NH³, entre outros.

Em busca da sustentabilidade e redução do uso de antibióticos, aumentou-se a procura de produtos que melhoram as condições ambientais, reduzem enterobactérias e permitem reduzir os níveis de contaminação, mantendo ou melhorando os índices zootécnicos e as condições sanitárias da criação. Um produto que venha a oferecer estas condições, associado a um menor consumo de água para higienização, tem relevante impacto para a cadeia de produção de suínos.

Em testes realizados a campo, aplicados em diferentes tipos de salas e fases e mantendo as mesmas dietas, condições de manejo, densidade e operadores,  constatou-se  que o impacto ao utilizar um produto natural com ação sinérgica traz forte efeito sobre a concentração de NH³, qualidade e tempo de higienização das salas, interferindo positivamente nos seguintes ambientes:

Tabela 1: Comportamento de NH³ a nível respiratório em salas de maternidade antes de 60 minutos e após a aplicação de Bioefitech.

Tabela 1: Comportamento de NH³ a nível respiratório em salas de maternidade antes de 60 minutos e após a aplicação de Bioefitech.

Fonte: elaboração a partir de dados próprios.

Tabela 2: Níveis de redução de NH³ após 15 dias de aplicação de Bioefitech em creche com 88 leitões por sala.

Dias após tratamento/ PPM NH³ (Creche)
1 dia 8 dias 15 dias Média de PPM
Sala não tratada 11,72 11,72 20 14,48
Sala tratada no vazio 8,09 1,17 2,81 4,02
Sala tratada cheia 1,27 0 7,45 2,91
Nível de redução em PPM no 15º dia 11,02
% de redução de NH³ em salas tratadas 76%

Fonte: elaboração a partir de dados próprios.

Tabela 3: Níveis de redução de NH³ após 15 dias de aplicação de Bioefitech em creche, com 8 Mães e 88 leitões por sala.

Dias após tratamento/ PPM NH³ (Maternidade)
Tratamento 15 dias Média de PPM
Sala não tratada 19,72 19,81 19,77
Sala tratada 1 1,27 6,81 6,63
Sala tratada 2 (50ml diário) 19,45 6,45
Nível de redução em PPM no 15º dia 13,14
% de redução de NH³ em salas tratatadas 66%

Fonte: elaboração a partir de dados próprios.

Também foram medidos, durante o experimento, os índices de mortalidade, utilização de medicamentos para controle de diarreias e tempo de eliminação do problema para animais apresentando quadro entérico.

Tabela 4: Quadro de Mortalidade por tipo de alojamento.

Dados de mortalidade até saída da creche
Nº de animais Mortos maternidade Mortos creche Mortalidade total % mortalidade % média mortalidade
Não tratado sala 1 88 6 2 8 9,09% 9,66%
Não tratado sala 2 88 8 1 9 10,23%
Tratado sala 1 88 1 1 2 2,27% 2,84%
Tratado sala 2 88 2 1 3 3,41%
Diferença de mortalidade 6,82%
% de redução na mortalidade 70,59%

Fonte: elaboração a partir de dados próprios.

Tabela 5: tempo de controle de quadro entérico.

Dados de uso de medicamento até saída da creche
Nº de animais Medicados na maternidade Dias medicando % medicado % médias medicados Média dias medicando
Não tratado sala 1 88 88 7 100% 100% 7
Não tratado sala 2 88 88 7 100%
Tratado sala 1 88 4 2 4,55% 3,41% 2
Tratado sala 2 88 2 2 2,27%
Redução de quadros entéricos e dias para controle 96,59% 5
% de redução de casos entéricos e duas para controle  96,59% 71,43%

Fonte: elaboração a partir de dados próprios.

Em outro trabalho, realizado em granja com alto desafio sanitário e quadro elevado de mortalidade, foram realizados testes comparativos e monitoramento das condições sanitárias em 4 maternidades com 100 reprodutoras cada. Após o tratamento, ao realizar análise em animais na fase de pré-desmame, observou-se elevado nível de mortalidade sendo uma das principais causas o Clostridium spp. Após aplicação do produto, observou-se sensível redução do quadro, conforme demonstrado abaixo:

Tabela 6: Quadro grave de Clostridium spp.

Dados de uso de medicamento até saída da creche
Controle Bioefitech Redução %
MPD % M. Clost. % MPD % M. Clost. % MPD % M. Clost. %
Maternidade 1 19,3 9 12,1 3,9 37,31% 56,67%
Maternidade 2 25,9 14,7 14,8 5,8 42,86% 60,54%
Maternidade 3 15,9 6,3 12,3 3,8 22,64% 39,68%
Maternidade 4 17,2 5,5 9,1 0,5 47,09%% 90,91
Médias 19,58 8,88 12,08 3,5 37,48% 61,95%
Legenda: MPD = mortalidade pré desmame; M.Clost = mortalidade por Clostridium spp.

Fonte: elaboração a partir de dados próprios.

O desconforto proporcionado pela amônia (NH³) e as dificuldades para remover os dejetos nas superfícies acabam elevando o desafio sanitário e o consumo de água, acarretando em perdas zootécnicas, sanitárias e ambientais. Por outro lado, a utilização de inovações tecnológicas oferece ao suinocultor e às agroindústrias a possibilidade de melhorar estes índices, contribuindo para maior rentabilidade e melhor adequação às necessidades dos animais, do meio ambiente e da sociedade.

A melhora no controle do ambiente, por meio de produtos inovadores que permitam melhor utilização de recursos naturais, otimização da mão de obra, redução dos níveis de NH³ e dos níveis de antibióticos, vai totalmente ao encontro da demanda cada vez mais evidente gerada pelo consumidor final. Além disso, os resultados significativamente melhores proporcionam lucratividade e sustentabilidade para o negócio.


Publicado originalmente na revista Suínos & Cia. Acesso em https://issuu.com/consuitec/docs/60edicao_web, páginas 76-77.

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